10 de jan. de 2009

Feitura

Nem sempre os versos surgem,
como a água que da terra mina .
Nem sempre as palavras brotam na mente,
como os frutos de setembro.
Então me faço operário da poesia,
calço as botas e as luvas da palavra,
E lavoro!
Malho a palavra fria
moldando a razão poética,
mas a tempera deste metal
só alcanço quando te relembro,
quando o frescor de teu hálito
me inspira a manufatura do coração!