21 de out. de 2016

Réquiem de Inverno

Meio que distante ainda vejo
nesse pingo de suor,
de frio um desejo,
que sol fosse amável e melhor.


Queria um vento desencanado,
sem curvar pelo concreto armado,
da cidade que o asfalto crepita,
da busina que no ouvido apita.


Apesar de a beira mar,
a quilômetros o oceano há,
e meu céu seu azul não pode tocar.


O ameno Inverno fenece,
o firmamento enrubesce,
o verão a terra aquece.


22 de ago. de 2016

Da Vida...

Nada está a contento,
vivo da alma ao relento.
nem eu mesmo entendo,
porque o descontentamento.

Devia olhar o sol
e alegre sorrir,
mas só vejo dos livros o pó,
preguiçoso volto a dormir.

Um acorde metal desperta,
intelectual cócega, incerta,
partilho linhas indiscretas

nalgum cibernético comunicador,
com carinhas sem muito furor,
sublimo alguma dor...