29 de set. de 2009

Falar, ouvir & amar

Falo do intrépido Aquiles,
da astúcia de Alcebíades,
tu falas de crianças aprendizes,
de façanhas diárias audazes.

Ouço seu peito rufar
quando no meu peito está,
escutas atenta meu recitar
declamando a cidade a passar.

Hora vespertina
teu hálito preguiçoso de manhãzinha,
quando no meu corpo se aninha,
te amo, e és toda minha!

(Para Cristiane)

Quando minha vida te encontra

Nas esquinas centenárias
ouço cosmopolita ária
dos malandros e seus bandolins
num Rio de alegria sem fim.

Estranho como o acaso age
em bytes mostra sua face,
não foi nas ruas da cidade
nem nalguma outra localidade,

num espaço de eternidade
pois palavras não tem prazo de validade,
nem os sonhos que flutuam nelas
apesar do mundo e da gravidade,

o destino fez sua jogada
e nos esbarramos nessa cyber estrada,
ele nunca atua por nada,
sempre há razão, mesmo que ocultada.

Minha vida toca a sua em momento raro,
pois difícil é remontar o cenário
de nossas certezas e verdades
que guardamos como relicário,
mas o que é realmente sagrado
é a verdade que há no coração depositado.

(Para Cristiane)

27 de set. de 2009

Nosso Caminho

Quando reunia eu histórias,
lições da memória,
pálidas paginas vazias
de emoção e poesia,
você apareceu no meu caminho.

A cada, então, história jocosa
ouvia sua gargalhada ruidosa,
seu comentário fino e perspicaz
me revelava seu temperamento sagaz.

Na primeira poesia declamada
ouvi ruidosa disparada,
sua respiração fortemente acelerada
avisava da paixão encomendada.

Na cidade pela Guanabara banhada
fizemos amor na invernada,
transformamos palavras digitadas
em alegria de pele arrepiada.

Mas de que um fim de semana,
descobrimos de onde a paixão emana,
desse descobrir-se em si pelo outro
encontrando um farto tesouro.

As duvidas aparecem como sino
estalando na mente, zunindo,
mas estou certo do que sinto
sei que o amor não está extinto

Por mais percalços que tenha o caminho
no teu coração fiz meu ninho,
sei que mesmo que tu em silêncio
não me deixas caminhar sozinho!

(Para Cristiane)

Chama

Na textura de tua língua
entrelaçada, enrolada na minha.
No arder de rosto
como em chama posto,
quando minha barba por fazer
te afaga para te enternecer.
No percorrer dos dedos afoitos
pelo teu dorso em fogo,
tremer estático de um bailar doido
do doce e encantador jogo,
que a luz traça na cama belo contorno.
Nos sentidos entumecidos
pelo fervor outrora adormecido,
que no rosto transtornado
pelo prazer do corpo alcançado,
no beijo quente e rasgado
é por nós neste instante revelado!
Pelos flancos colados,
do ato de amor descansados,
mãos unidas e seladas
na promessa de sempre
recomeçar o amar novamente,
quando o comichão se sente
de dar um beijo para sempre,
mesmo que o eternamente
seja um segundo preso na mente!
Mesmo que seja só
o que Vinícius diz para gente,
te quero infinitamente!

(Para Cristiane)

26 de set. de 2009

No Bosque de teus cabelos

Fui caminhar no bosque,
a luz varando as copa das arvores
desenhava no solo ondas,
como o vento faz com teus cabelos.

Olhei as samambaias
as que se chamam renda portuguesa,
percebi nas suas folhas delicadeza,
que nos fios do seus cabelos são a mesma.

Senti o cheiro do limão- jasmim
percebi que este exalava de mim,
pois entranhado até o fim,

estava na pele teu cheiro,
me vi perdido, sem menor exagero
no bosque de teus cabelos!

(Para Cristiane)

25 de set. de 2009

Poesia de Tristeza e Beleza

A alma entristece
algo aqui dentro fenece,
mas só num segundo perdido
que isso acontece,
pois o poeta na sua tristeza
faz sua literária empresa,
transforma lágrima em beleza.

Para Moça de Minas,
faz versos da hora matutina,
traz do fino âmbar a resina,
para misturar com sua pele fina
e fazer perfume sedoso da Índia.

Para Professora menina
o poema é lírica canção,
que da diária lição
de ensinar a bailar no papel a mão,
da criança e até do Barão.

Para Linda dama
que tudo de bom alcança,
faz este da palavra trama
como os arcos de Alhambra,
deixa pela pena lembrança
de que todo o amor é façanha
da coragem tamanha
do navegante que ao mar se lança!

O Poeta se deslumbra,
pois todas estas mulheres
existem só, e apenas numa,
para ela toda a poesia é dedicada,
todos os sentimentos bordados
no coração acelerado
pelos seus suspiros adocicados!

(Para Cristiane)

Une

Quando meus lábios ao seus
o amor que ninguém percebeu,
a paixão e o desejo une,
nem uma das leis dos homens
tem direito ou pune,
tal ato de verdade e liberdade,
que da alma faz vislumbre.

Quem condena,
o que o desejo feliz une,
nessa vida só vê azedume,
não alcança o brilhante cume,
da alegria que no sorrir surge.

O bálsamo de vida infunde
no cotidiano que nos une,
cada palavra dita amiúde
é símbolo e linda virtude,
que espalha sua atitude
de amar, e me querer amar
sem a menor finitude!
Tudo isto nos une!

(Para Cristiane)

24 de set. de 2009

Quando em ti

Quando estou contigo
sentimentos de carinho
percorrem os vales e os ninhos,
nasce um pequeno canáriozinho
que preenche de amor o peito vazio.

Professora Menina,
traz o pássaro no dedo pousado,
lhe ensina o cantar com seu afago,
linda canção se faz com seu trinado.

Quando por ti estou enamorado
alto é o canto do canário,
que faz reverbero extraordinário
impossível deixar esse amor guardado!

Quando em ti o sorrir é largo
o sol clareia as águas do lago,
faz-se notar por todo lado
que seu coração está apaixonado!

(Para Cristiane)

23 de set. de 2009

Moça de Minas a sambar

Eu malandro carioca
estou aqui ainda a estudar
e minha moça de minas vai sambar!
Mas ela já fez o dever de casa,
vai como uma patota animada
ouvir a cuíca cantar.

Fico ouvindo a professora falar
mas meu pensamento nela está,
no seu gingado branquinho,
na pista a deslizar seus quadris
de como minhas mãos febris
adoram neles tocar.

Nesse samba não vou estar
mas pertence a mim o melhor lugar,
minha breve poesia faz vibrar,
minhas palavras são o refrão
do seu coração de samba
por mim a requebrar!

(Para Cristiane)

21 de set. de 2009

Amor de Verso

Para o bem versar
dizem que é bom estudar,
que boa letra deve-se praticar.
As silabas bem aglutinar,
versos cuidados pelas regras do Parnaso,
métrica perfeita e sentimentos rasos.

Digo que tudo quê preciso
é deu te alvo viço,
de teu chamar sem aviso
para me dar amor maciço
mesmo quando não está aqui comigo.

Por mais difícil que seja
amar a musa o poeta almeja,
e já te dei aqui a deixa,
não estas em altura desmedida,
andas nas ruas como menina
na feira reúne frutas
que escolhe astuta
e deste sabores que oferece ao poeta
faz-se a escrita repleta.
Nosso amor é verso,
estrelas temos por teto,
fazemos nosso andar no concreto,
o cotidiano é nosso arquiteto
atento e caprichoso,
pois viver cada minuto disso
que é da vida o gostoso!

(Para Cristiane)

Amar a Moça de Minas

Moça de Minas!
Declamar para você é necessidade matutina,
teu respirar ofegante me ilumina!
Sua face que de vermelho ruboriza
faz versos da libido arisca,
que só no inundar das bocas a saliva
há refresco da paixão que nos atiça!
No medo que um instante paralisa
no outro farejo em ti a vontade que avisa,
do teu chegar de doce menina,
do beijar de mulher querida,
do teu gozar de felina,
rasgando minha pele fina
com tuas unhas e dentes
me beijando com todo furor que se sente.
No descanso do amar renitente
temos noção do que é o “eternamente”,
segundo preso no corpo e na mente
até nosso ritual de desejo começar
novamente teu corpo explorar,
nas minhas mãos reter tua crina....
Te amo moça de Minas!

(Para Cristiane)

Poesia que vira vida

É parecido com o amor
permanece muito tempo escondida,
semente na terra fértil guardada,
que dessa seiva é nutrida.

Um sorriso no espaço
menina linda faz um bom comentário,
a palavra coça a língua e os dedos
começo a descobrir teus segredos.

As virgulas de nosso amor são raízes,
marcam o ritmo para sermos felizes
do raiar de novo dia são matizes,

A poesia em mim contida
são êxtases e lagrimas extraídas,
desse amar a ti que é sangue da vida!

(Para Cristiane)

20 de set. de 2009

Esperança

Nos sorri como criança
no teu colo risonha se balança,
faz de tudo uma estrada
que o viajante se lança.
Viajem que todo dia se alcança,
ao mudar o caminho para o trabalho,
no variar do tempero o alho,
não fazer das decisões Calvário.
Sempre que a situação complica,
doce esperança menina,
vem e nos reanima,
mesmo quando vira velha ranzinza
e morre espalhando suas cinzas,
ela passa a ter Fênix por nome,
brilhante as trevas consome,
nos revelando novo belo horizonte!

(Para Cristiane)

19 de set. de 2009

Quando poesia voa

O poeta diz noite boa
a sua musa, as estrelas cadentes
caem do céu atoa,
vou guarda-las, fazer poesia
que no meu coração voa!
Vou juntar essas sementes
para também unir mentes,
vou pegar emprestado
as asas de um anjo distraído,
voar até seu esconderijo
e recitar meu poema emocionado,
fazendo arrepiar seu pelinhos
no meu declamar ao pé do seu ouvido.
Vou remar as ondas do Hawai
deslizar no teu dorso meus carinhos,
ver as ondas de prazer contraindo
o mar de desejo dos seus cabelinhos.
Vou descansar no teu corpo unido
pelo suor do esforço combalido,
de te amar e arrancar de peito lindo
o mais perfeito gemido!

(Para Cristiane)

17 de set. de 2009

Feliz para si, feliz para o mundo

Hoje acordei filósofo meditabundo,
pensando em John Kenedy
e tiro que lhe tirou do mundo,
de como não seguiu
seu conselho mais profundo,
e tentou fazer feliz todos homens
no mesmo segundo.

Ao sorver o café fumegante
me dei conta do que é relevante.
De que ser feliz, só se pode o ser
durante um breve instante,
e a sucessão desse doce querer
nos faz buscadores perseverantes.

Então te busco no mirante,
na terra, no mar e nas estrelas circundantes.
Busco teu humor que me faz falante,
e de teu menor gesto sou amante,
pois assim sou feliz mesmo tu distante.

Sendo assim alegre
posso te ser totalmente entregue,
porque sendo feliz em mim,
posso te dar meus jasmins,
que são seus não importa quem conteste!

(Para Cristiane)

16 de set. de 2009

Lágrima

Desata um nó
que da alma se desprende,
mais acontece quando se está só,
solidão do pensar da gente,
que da voltas no mundo
tudo num gigante segundo,
para virar sentimento profundo.

Lágrima feminina
que de seu rosto mina,
queria ampará-la com a língua,
dividir com você seu sabor
num beijo desavergonhado em torpor!
Pois afinal do que é feito nosso amor?
Se não esse misto de gozo e dor!
Dor da espera na madrugada,
Alegria de sublime da paixão revelada!

(Para Cristiane)

15 de set. de 2009

Ando a teu lado

Na multidão desforme
que hora se vê , hora se foge
em meio a tumulto desordenado,
ando a teu lado.
No escuro que a noite encerra
onde arvore a coruja vela,
um cavalo passa sem cela,
ando a teu lado.
Na crisálida fechadinha
onde se esconde tu lagartinha,
vejo as dores das asas abrindo,
para você virar borboletinha,
ando a teu lado.
Vejo e sinto tudo isso
só por um motivo,
pois no teu coração
as vezes por medo apertado,
outras por paixão dilatado,
estou eu lá plantado
escrevendo meus poemas do ocaso.
Por isto, só por isto
ando a teu lado!

(Para Cristiane)

Força

Com pena leve
o Poeta te descreve.
De algodão tua pele
as essências perfumadas bebe.
Suas pernas fortes
que seu gingado desenham,
levam-te a teu Norte,
carregam muitos dotes.
Teu ventre macio,
onde o coração
faz seu aviso,
manda ondas de emoção
preencher o vazio,
contraindo e expandindo em alivio.
Teu o olhar cativante
mostra quem és num instante,
e o que serás doravante.
Marca de tua força,
mesmo quem não ouça,
ou tenha atenção pouca.
Basta te mirar
para ver teu brilhar!

(Para Cristiane)

14 de set. de 2009

Calor

Um rumor de gelo
atravessa meu peito,
nessa manha quente
do primaveril setembro.
O sol reluzente
se abate sobre mim de repente,
e pergunta-me calmamente:
Por que meu calor não sentes?
- Para teu calor bem sentir,
é necessário minha dama voltar a sorrir.
Que Jasmins de novo no ar se sinta,
que para si mesma não minta,
que descasque das paredes velhas tintas.
- Grande astro!
Quero teu calor para ela acalentar,
não me importo em congelar,
se ela no mundo bem andar!

(Para Cristiane)

13 de set. de 2009

Lição

A mão da mãe com esmero
espalha pelo o bolo o recheio,
se pesa um pouco o confeito
é pelo exagero do amor
que lhe é afeito.
Aquele que o deserto sedento,
atravessa a procura de água e sustento
quando encontra da vida a fonte
quase afoga-se por contento
de beber o sumo que lhe da sustento.
O Poeta que de sua musa
precisa a todo momento,
com Professora menina
deve aprender a lição
que as vezes para bem amar
recilência e contenção
é preciso praticar.
O poeta pede a Linda dama
que continue as lições todo dia ensinar,
para este viver de versar
o amor que lhe tem para dar.

(Para Cristiane)

11 de set. de 2009

Ti Ter

Andar na avenida
a procurar a alma tímida,
esperar uma mensagem
as sete da matina,
guardar teu olhar de quina
no fundo da retina,
Soprar poesia vespertina
que a pele arrepia até a espinha,
e alma nua não se resigna,
quer mais e mais escrita fina!
Andar com o peito apertado
e ao mesmo tempo extasiado,
por se sentir enamorado
de dama que meu viver tem melhorado.
O minuto de agora bem viver,
para o amanhã acontecer
e nos seus carinhos amor fazer,
na verdade não ter
e sim ti receber!

(Para Cristiane)

9 de set. de 2009

Corpo

Sempre a tarde
bate aquela saudade,
de te beijar morro de vontade,
e teu odor não sai da mente,
quero teu corpo quente!
A memória corporal
nem sempre é igual,
espalha diferentes ondas
sossega e apronta,
as vezes os sentidos desmonta.
Os lábios viram dedos
para massagear teu desejo,
a língua desbrava e penetra o pelo,
os olhos se reviram desregrados,
os ouvidos aspiram sons calados,
o olfato reverbera nosso ato!

(Para Cristiane)

Horas

Vinte quatro horas,
são as mais lentas horas
no tempo de quem ama,
vontade de já estar contigo
do meu ser emana!
Hoje é dia que parece semana!
E todo o pequeno movimento
de certa forma me encanta,
pois de ti sempre me relembro,
na chaleira o chiar da tampa,
no miolo do pão,
que para a forma manter,
você no café da manhã arranca.
Mas sigo o conselho do físico
e faço o tempo relativo,
desenho poesia no livro,
descrevo seu belo sorriso,
para mais rápido chegar a hora
de bem estar em seu abrigo!

(Para Cristiane)

8 de set. de 2009

Amor & Imensidão

Hoje dormi a acalentar
seus suspiros no coração,
seus arroubos de prazer
até agora não me deixaram,
sua libido perpetua-se
até a imensidão.
Que não é deserto
nem mar de vagalhão,
é jardim de flores da estação,
que em seu espaço diminuto
traz a mim seu mundo astuto,
e você me traz em seu tornozelo
e eu te trago ao redor de meu dedo,
símbolo do amor de então
que pode ser maior que nação,
que cabe em um refrão
nos beijos tórridos
a sombra de algum caramanchão!

(Para Cristiane)

7 de set. de 2009

Cai a tarde

Vem o cair da tarde,
a sombra adormece a cidade,
o recolhimento e conformidade,
frente ao trabalho do dia seguinte
com seus afazeres que não são novidade.,
invadem os lares com docilidade.
Mas no coração inquieto
não importa a noite e sua obscuridade,
sempre está a bater a procura de cumplicidade,
de outro coração a bater em festividade.
Impossível neste cair de tarde,
não lembrar de você
que em diversas vezes tomou meu pensar,
fez os batimentos acelerarem
com um mero tilintintar
do pequeno celular,
que fez as pupilas dilatarem
só com seu suspirar.
Fez um poeta sorrir,
um menino grande
da lição se distrair,
para escolher as palavras infantes,
e todo dia tentar fazer
um poema mais belo que o de antes,
em sempre um sorriso doravante
na face da Linda Dama incutir!

(Para Cristiane)

Meu Bairro

Meu bairro
a metrópole esqueceu de mudar,
não que no passado ele deseje estar,
mas se você por ele passear
verá os burrinhos da charrete a trotar,
uma veloz Ferrari a avenida tomar.
O verdureiro plantado na esquina,
ao mesmo tempo a entrar no shopping
mulher chique, languida e fina.
Os dois se comprimentam no passeio,
um falando no celular ultimo modelo,
e outro a gritar apregoando seus preços.
Nesse bairro alto- estradas vem cruzar,
e mata atlântica está também a preservar,
da Gávea à Cascadura por ele pode passar,
uni a cidade tentacular,
pois no seu pulsante âmago está,
você pode se perguntar,
de onde estou a falar?
É do enorme bairro de Jacarépagua!

(Para o amigo Richard de Jacarépagua)

Poema Matutino

É cedo...
Acordo a cama a tatear,
minhas mãos, minha alma
a e meu corpo a te procurar!
No seu leito quero estar,
e estou na umidade
do seu lento despertar,
lembrança liquida e tépida,
de um dia de beleza intrépida,
que você e eu ousamos perpetrar.
Amor de toda a idade
que traz de volta a mocidade,
as dobrinhas do rosto a sorrir,
que quando nos beijamos
voltam o semblante luzir!
Amor de cumplicidade
que uns acham leviandade,
mas só inveja e maldade
de quem não sabe amar de verdade!
Amor que traz da manhã o trino
dos passarinhos do quintal vizinho,
que fazem esse poeta menino
compor para sua musa
um poema matutino!

(Para Cristiane)

5 de set. de 2009

Poesia da Pele

Branca e lisa
na foto que eu via,
sedosa e macia,
prazer ao tato
de quem acaricia,
assim me parecia.
Nas suas palavras
que pulavam da tela vazia,
me indagava o quanto seria,
qual cheiro exalaria?
Essa sua pele a luz do dia.

No cometa que te trouxe,
de manha vi teu sorriso
nascer e quebrar noite.
A primeira porção de pele,
que senti de leve,
foram seu lábios e num beijo
sua emoção me foi entregue.

Nossas mãos se entrelaçavam
no trajeto da cidade a cruzar,
no nosso abraçar, você já dizia
o quanto estava a me desejar.

Até a sós podermos estar,
tivemos um delicioso vagar,
eu te contando de como
a cidade se move em seu andar.

Enfim de tuas vestes pode se livrar,
as curvas de sua pele fui explorar,
cada centímetro de ti decorar,
descobrindo como melhor te amar!

E agora estou aqui
meu pensamento fixado em ti,
quando fecho os olhos
posso revivenciar
o gozo de sua pele
na minha a roçar!

(Para Cristiane)

Gesto Mínimo

Tum! Tum! Tum!
Acelerado coração
bate, bate por ti
e pelo fim da tarde, a noite
onde os enamorados ardem
de vontade de se ter!
Em nome só de um,
somente um beijo,
a estrada atravessar
deles é o desejo.
Cada gesto mínimo
traz de volta um afago
um doce mimo,
o cheiro das coxas
roçando loucas,
o homem sente a moça,
e ela a desfalecer tonta
de prazer beija-o a boca!
Tudo num relâmpago
de breve pensar
faz o menor músculo retesar,
e faz de amor as bochechas
arderem e corar!

(Para Cristiane)

3 de set. de 2009

Meu Amor me chamou para ver o Luar

Meu amor me chamou
para ver o luar,
da janela do meu quarto
passei a admirar!
Nas curvas desse astro
vejo o sorriso dela,
sinto o rosto esquentar
pois lembro dela a me beijar!

Meu amor me chamou
para ver o luar,
o mar da tranquilidade
espelha sua bondade,
que a todo segundo
lembra de mim no mundo,
olha o satélite rotundo
e rememora nosso amar,
que é doce e profundo!

Meu amor me chamou
para ver o luar,
para ela meu primeiro trovar
foi falando sobre o Luar,
sobre bailarinos a flutuar,
eu ela no limbo a se abraçar!

Meu amor me chamou
para ver o luar,
mesmo distantes
nem espaço ou terras de viajantes
podem nos separar,
nossos corações
estão juntos a pulsar!

Meu amor me chamou
para ver o luar...

( Para Cristiane)

Duda quer contar

Professora Menina
pediu a Duda uma História contar.
Duda pequenina
pôs-se a desenhar,
pois letras são desenhos estranhos
que ela não gosta muito de traçar.
Nem o B, nem o A
costumam juntos dançar,
grandes P e Q
nem sempre vem brincar.
Então Duda pôs-se a desenhar!
O Mundo é um grande
quadrinho a se despaginar,
o Pato Donald a gargalhar,
Os faceiros Backyardigans
no quintal a traquinar!
Mas Professora menina
precisa a lição ensinar,
pede a Duda pequenina
uma legenda confeccionar.
Ela meio reticente,
faz beicinho de criança carente,
mas da professora sente
o carinho diligente,
e diz alegremente:
Para você, só para você!
É uma honra escrevinhar!

(Para Cristiane, Professora e menina)