17 de abr. de 2010

O Mundo e os Homens

Desde do Egito antigo
quando Cleópatra
desafiou seus inimigos,
e morreu com mão
enfiada na cesta de figos.
O século e os homens
ditam nossas regras,
criam e destroem quimeras.
Mas sempre houve
um poeta, uma mulher
ou um louco revolucionário,
para dizer e fazer o contrário,
que um grande alivio nos trouxe,
de que o destino não fosse,
essa pedra cinzelada
pela mão pesada de Deus.
E este tão somente
nos deu corações e mentes,
livres de qualquer corrente.
Tão bondoso que não se espanta,
com o que tem o filósofo na garganta,
dizendo que ele já se foi e morreu.
De tantas normas que o homem cria,
altas instituições para lhe servir de guia,
este se perdeu na estrada vazia,
pois disse que o amor
não era o que mais queria,
e sim todas as coisas que ele construía.
E de novo nos ri o tempo dizendo:
Sempre há um poeta
com o coração ardendo,
que leva a poesia pelas entranhas das Geraes,
não arreda o pé e nem volta atrás,
pois no mundo onde o homem tudo faz,
a poesia escrita para a Moça que se ama,
é o que mantém viva da vida a chama!

(Para Cristiane)

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