4 de fev. de 2010

A Moça e o Poeta

Assim nada de incomum,
haver amor desse jeito
se procurar em lugar algum,
andando-se por caminhos e estreitos,
talvez se ache parecidos trejeitos.
Essa história todavia
está em alta companhia,
pois o poeta a escreve com ousadia,
e louva sua Moça mais que Ave Maria!
De Tristão traz a bravura,
luta por essa paixão
mesmo que uns digam que é loucura.
Com Heloisa aprende a entrega,
na espera à esperança se apega,
nas horas aflitas escreve mais poesia.
Ouvindo o aldaz Orfeu
descobre que nada nesse mundo
é realmente seu,
se não viver o amor que Deus lhe deu,
que vale a pena descer a terra de Hades,
contrariando os homens a vontade.
Moça e Poeta
constroem uma estrada aberta,
de possibilidades repletas,
enquanto seus lábios se procurarem,
enquanto seu amor realizarem,
no leito que os espera!

(Para Cristiane)

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