12 de dez. de 2010

Mambembe

Estrada de arte,
que nos leve por onde for,
seja aqui ou em marte,
por caminho de alegria ou dor,
alguns escutarão uma canção,
outros uma reclamação.
O caminho é mambembe,
uma certa arte circense,
de ver no prato caviar,
apesar de saber
que feijão é que está a saborear.
Como um blues da madrugada,
deixo partir a amada,
pois nem uma ilusão
sobrevive a luz da alvorada.
A concretude do gosto do café,
é o que sobra, voltando para casa a pé,
sonha o poeta mambembe
com mais uma noitada
de luzes, sabores e gente.

(Para.....)

2 comentários:

  1. Voltar de uma noitada para casa a pé. Rapaz, fiz muito isso, hein... Belo poema, nostálgico. Parabéns!

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  2. Ai! Mistura de realidade crua e fé na raridade dos momentos da vida... Um drama meio engraçado? Ri algumas vezes, só pelo inusitado...
    Vc tbém me faz rir, só por ser surpreendente.
    Gosto do teu estofo baby! kkk
    bjus

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