4 de jan. de 2010

No meu violão

Nos acordes que dedilho,
ressoa sempre em meu bordão,
um que de luz, um que de paixão.
Vou alinhavando minha canção
com os ares desse rincão,
onde mora minha dama,
que tem cheiro de montanha,
feito de risada que não se acanha,
feito de temperos do Mercado,
que ela reúne com cuidado
para com amor fazer um prato.
Minha humilde toada
vai no ritimo da Maria Fumaça,
que antigamente passeava com graça,
pela serra vinha fazendo sua algazarra.
Minha ultima estrofe
vem agradecendo a boa sorte,
de antes de encontrar a morte,
sentir no peito bem forte,
ter nas minhas mãos seu decote,
amar além do que se pode,
sem medo soar nosso acorde!

(Para Cristiane)

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