19 de ago. de 2009

Estrada

Do alto dessa mochila verde
onde carrego meu sonhos,
meu pacote de experiências
que me fazem forte,
que me fazem fraco,
mas fazem quem eu sou.
Vejo a estrada
como mãos abertas,
mapa a decifrar,
rotas que muito podem
me ensinar.
Já muito caminhei
ri e chorei,
mas como num conto de keruac,
sempre há uma montanha a escalar,
e a verdadeira morte é nunca tentar.
Nas esquinas,
vejo olhos a me recriminar,
sentados, enraizados nalgum bar,
mas sempre a um preço a pagar,
por um trago na garganta a rolar,
uma viajem, um sonho para se realizar.
Pago meu preço sem reclamar.
E tenho bons companheiros,
Pessoa, para me lembrar de Portugal,
e da saudade que dá ao navegar,
Vinícius, e suas dicas ancestrais
da arte do bem amar.
Neruda, em versos de madeira,
ensinou que se pode todo dia,
a mesma mulher , amar e conquistar.
Droumond, na sua cotidiana mineirice
fez menina, escritório e pedra falar!
Vou seguindo,
com mochila e violão
fazendo um novo cantar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário