27 de set. de 2009

Chama

Na textura de tua língua
entrelaçada, enrolada na minha.
No arder de rosto
como em chama posto,
quando minha barba por fazer
te afaga para te enternecer.
No percorrer dos dedos afoitos
pelo teu dorso em fogo,
tremer estático de um bailar doido
do doce e encantador jogo,
que a luz traça na cama belo contorno.
Nos sentidos entumecidos
pelo fervor outrora adormecido,
que no rosto transtornado
pelo prazer do corpo alcançado,
no beijo quente e rasgado
é por nós neste instante revelado!
Pelos flancos colados,
do ato de amor descansados,
mãos unidas e seladas
na promessa de sempre
recomeçar o amar novamente,
quando o comichão se sente
de dar um beijo para sempre,
mesmo que o eternamente
seja um segundo preso na mente!
Mesmo que seja só
o que Vinícius diz para gente,
te quero infinitamente!

(Para Cristiane)

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